quinta-feira, 25 de março de 2010








O toureiro a cavalo é um misto de equitação com aficion que implica uma coordenação superior de vontades entre o toureiro e o cavalo para enfrentarem o hastado no seu querer investir.
É certo que as estrelas anunciadas são, de um modo geral, os cavaleiros e as ganadarias que enviam os seus produtos para que sejam lidados pelo “binómio” já falado.
Os cavaleiros e as ganadarias já são anunciadas no cartel, e na maioria das praças ainda são anunciados, individualmente, os toiros que vão saindo ao redondel.
Salvo raras excepções, os cavalos são os grandes esquecidos deste grupo.
Vem isto a propósito da morte de um cavalo que era uma vedeta na quadra de Diego Ventura.
Pode discutir-se o mérito de alguma das sortes que o referido rejoneador faz, nas suas lides, mas não se lhe pode assacar responsabilidade por o espectáculos monótonos.
Os cavalos são primorosamente arranjados e em especial este, que agora morreu, o Manzanares, era um toureiro de fino recorte.
Com o Diego, vi mais uma das novidades em que o rejoneio nos tem brindado e a sensibilidade de contribuir para que os cavalos também sejam conhecidos do público enquanto estrelas da companhia: sempre que mudava de montada, alguém, junto ao pátio de quadrilhas, içava uma placa com o nome do cavalo que acabava de entrar.
Se mais alguém faz isto, que me desculpe. Eu só vi este!
Não há dúvida que assim se promove uma parte importante do espectáculo, prestando justiça a uma das pedras basilares da festa dos toiros em Portugal: o cavalo.

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